sábado, 10 de setembro de 2016

Ahab


Origem: Germany (Munchen, Bavaria)
Inicio: 2004              Estado: Ativa
Gênero: Funeral Doom



                       Muito embora o AHAB esteja se alçando ao sucesso no meio do underground, vide os festivais nas quais foi headliner e a popularidade da banda até mesmo com quem não gosta de Funeral Doom Metal, esses caras merecem bem mais. E, sendo eu um fã chato e criterioso do estilo, sei o que digo! Ao passo em que grande parte das bandas de Doom Metal adeptas à lentidão extrema estejam mais engajadas a uma temática melancólica e poética, com uma atmosfera carregada no som aliada às letras, esta banda alemã- como bem devem saber, afinal o AHAB não é nenhuma banda desconhecida, aborda temas muitíssimo mais interessantes! E se há qualquer fã de literatura por aqui, já sabe do que se trata; afinal, Ahab é o nome do capitão cuja procura incessante pela famosa baleia branca é tema do livro Moby Dick. Nada mais apropriado para uma banda cujo som é tão profundo quanto o oceano!
                       A banda é atualmente formada por Stephan Wandernoth (baixo) e Cornelius Althammer (bateria), que tocam também na banda Dead Eyed Sleeper, e a dupla das seis cordas Chris Hector e Daniel Droste que também é o vocalista, sendo a dupla também integrante da banda Midnattsol. Logo de cara, talvez, sejam estes os dois elementos que mais saltam aos ouvidos: a bateria de Cornelius, que soa bastante técnica e engendrada, ainda que, obviamente, segurando todo o massacre das canções nas tradicionais marcações lentas dos pratos; e os vocais de Daniel, que realmente soam como algo provindo do fundo do mar. Como diria um amigo meu, é como se fosse um móvel sendo arrastado pelo chão: bastante profunda e grave, Daniel Droste sabe utilizar seu gogó de maneira excelente. O baixo e as guitarras, numa afinação baixíssima, possuem um timbre bastante agradável aos ouvidos e melodias criativas que recriam o ambiente demarcado pela temática- e desde já peço perdão pelos comentários baseados no efeito placebo causados pela associação das melodias com a temática, isso será uma constante nesta resenha.
                     Antes de lançarem seu primeiro full- length, a banda libera um single, "The Stream", cuja canção já mostra os belos atributos da banda (mesmo que numa qualidade um tanto inferior), e uma demo, que contém The Streamduas canções de seu álbum oficial. E eis que, em 2006, vem seu aguardado debut, "The Call of the Wretched Sea". A música contida aqui é tão densa quanto o título! As duas canções que mais chamam a atenção, talvez sejam "The Hunt" (com uma pegada extremamente lenta, cuja introdução lembra curiosamente o mar) e "Old Thunder(sua introdução dedilhada é um deleite para os ouvidos, assim como a dupla formada pelos vocais e pela bateria técnica). A música que abre o álbum, "Below the Sun", apresenta um riff matador, e surpreende pelos (oh céus, lá vou eu comentar isso de novo) vocais densos de Daniel Droste. Sim, eu vou bater nesta tecla. Enfim, é um BAITA debut, cotado sempre como um dos melhores de 2006, e um dos melhores entre bandas de (Funeral) Doom Metal.
                     Três anos depois, no conturbado (pelo menos pra mim) 2009, os alemães fazem de novo: lançam mais um petardo. Desta vez, intitulado "The Divinity of Oceans", mostra sua divindade na capa do álbum, um fragmento de uma pintura romanticista chamada ''A Jangada da Medusa''. E a primeira canção deixa claro a homenagem: Yet Another Raft of the Medusa é minha preferida deste álbum. O ambiente criado pela introdução acústica, é indescritível. Deixe- me descrever a situação: você,  por alguma razão, encontra- se deitado numa jangada feita de troncos de árvores amarrados precariamente, enquanto o oceano, num aspecto calmo, canta o chamado das baleias ao redor. Sim, é bom dessa forma. E da mesma forma que se inicia, termina de forma fantástica: o mesmo clima envolvido pela música de abertura é recriado em Nickerson's Theme, ainda que de forma menos intensa. Os vocais limpos de Daniel Droste são envolventes e a introdução nada apressada se intensifica pouco a pouco até que o ápice chegue. Essas duas são as que mais se destacam numa primeira audição, pelo clima engendrado pelos diversos elementos aqui contidos. O riff da música título é matador e chamativo para um headbang lento; O Father Sea apresenta os guturais logo de início; e Redemption Lost, ainda que com uma melodia mais viva e, na falta de uma palavra melhor, ''animada'', entretêm o ouvinte para os diversos arranjos das duas guitarras.
                        E o tão esperado (pelo menos por mim) e anunciado "The Giant", com sua capa artística ilustrada psicodelicamente, saiu este ano numa euforia dos fãs. Os teasers mostravam um AHAB mais acústico e introspectivo, numa linha mais Opeth de ser. E não tão distante dessa descrição, temos vários elementos diferentes inseridos ao estilo já consagrado da banda: os trechos acústicos, que agora são mais constantes, os vocais limpos, mais frequentes também, e a introspecção já comentada. Sim, a comparação com Opeth tem algum fundamento, já que os vocais limpos de Further South, a faixa de abertura, lembra em muito Mikael Akerfeldt. Aeons Elapse possui um dos refrões mais grudentos que já ouvi no estilo, e como em todo o resto do álbum, as distorções demoram um pouquinho a aparecer. Aliás, não só em Aeons Elapse, mas também em Deliverance, o refrão se destaca pelas melodias mais vivas com a utilização dos vocais limpos. Antarctica the Polymorphees possui o velho, mas nunca saturado, esquema de riffs que logo de cara já chamam a atenção (ok, isso quase aos quatro minutos de música), e os vocais limpos, de novo são uma constante, juntamente com um refrão (se assim pudermos chamá- lo) que facilmente é entoado por nós enquanto estamos distraídos. A dobradinha final Fathoms Deep Blue e The Gianta primeira sendo o primeiro contato massivo com as distorções logo na música, fecha o álbum com maestria ímpar.  Em suma, é um álbum calcado na introspecção contida entre os trechos acústicos e os muitíssimo bem explorados vocais limpos.


The Stream (single) (2004)


1. The Stream
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The Oath (2005) demo


1. Ahab's Oath
2. The Hunt
3. The Stream
4. Outro
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 The Call of the Wretched Sea (2005)


1- Below the Sun
2- The Pacific
3- Old Thunder
4- Of the Monstruous Pictures of Whales
5- The Sermon
6- The Hunt
7- Ahab's Oath
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The Oath (EP) (2007)


1- The Hunt
2- Ahab's Oath
3- The Stream
4- Outro
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The Divinity of the Oceans (2009)


1- Yet another Raft of the Medusa (Pollard's Weakness)
2- The Divinity of the Oceans
3- O Father Sea
4- Redemption Lost
5- Tombstone Carousel
6- Gnawing Bones (Coffin's Lot)
7- Nickerson's Theme
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The Giant (2012)


1. Further South
2. Aeons Elapse
3. Deliverance (Shouting at the Dead)
4. Antarctica the Polymorphess
5. Fathoms Deep Below
6. The Giant

Bonustrack (Digipack Edition)
7. Time's Like Molten Lead

Bonustracks (Vinyl Edition)
7. Time's Like Molten Lead
8. Evening Start
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The Boats of the Glen Carrig (2015)


1. The Isle
2. The Thing That Made Search
3. Like Read Foam (The Storm)
4. The Weedmen
5. To Mourn Job
6. The Light in the Weed (Mary Madison)
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Em caso do link do Download quebrado, informe-nos no contato caveofmetalheads@gmail.com



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